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CRÍTICA: Nós

  • Foto do escritor: Victoria Mancino
    Victoria Mancino
  • 22 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Disponível no Instagram - @telatres


“Nós" não é um filme comum, muito pelo contrário, ele vai na direção oposta a todas as produção que temos acompanhado nos últimos tempos. Diferente até mesmo de “Corra!”, uma das poucas semelhanças mantidas por Jordan Peele é a criação de um gênero novo, que consegue misturar terror, comédia e cult. Essa identidade que o diretor está construindo não fica só no gênero, está presente também na persistência dos atores negros como protagonistas, e as várias críticas sociais que ele constrói no longa.

O filme e a música caminham juntos o tempo todo. Usada de forma extremamente consciente, a trilha sonora só tem a acrescentar, ajudando na composição de cenas e criando uma atmosfera envolvente para quem assiste. A montagem se mostra essencial no conjunto da obra, já que ela é fundamental para pontuar momentos  importantes e prender a atenção, principalmente nas cenas finais. Destaque também para o bom uso da luz e sombra, conduzindo o espectador a pontos essenciais da narrativa. Arriscamos dizer que este é um filme que, definitivamente, não deve ser visto apenas uma vez, pois os detalhes são pensados e distribuídos em doses pequenas durante as duas horas de exibição. 

Dessa vez, Peele coloca uma mulher como protagonista de “Nós”. Adelaide, personagem de Lupita Nyong`o, apresenta um arco crescente. Nos primeiros minutos do filme, que mostram momentos de sua infância, ela aparenta ser uma menina mais tímida, mas com o passar das cenas, ela se mostra uma mãe super protetora e extremamente forte, que não mede esforços para se colocar em situações de perigo para proteger sua família. Já Winston Duke, que faz o papel de Gabe Wilson, marido de Adelaide, se mostra o alívio cômico do roteiro.  Ele apresenta alguns momentos com sacadas interessantes, mas acaba se tornando cansativo, quebrando o clima da narrativa. 

Apesar disso, “Nós"é um ponto fora da curva, por conseguir ser um subgênero como poucos já vistos no cinema. Jordan Peele continua marcando a sua identidade como diretor e se mostra uma das pessoas mais inovadoras dentro da Indústria. Deixando um final surpreendente, o filme consegue fazer você refletir, e repensar a maneira de se fazer terror.

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